Todo mundo sabe sobre os benefícios da amamentação para mãe e bebê. Também se fala muito sobre a pega correta – parece até um mantra: “boca do bebê bem aberta”, “abocanhar mamilo e aréola”, “bochechas gordinhas” e por aí vai. O que pouca gente sabe é que o processo de amamentar nem sempre é fácil. Aliás, em grande parte das vezes, ele é cheio de desafios.
Algumas dificuldades podem aparecer logo na primeira semana: dor para amamentar, lentidão na descida do leite, bebê que dorme muito na mamada – faz parte! Com muita empatia, família e profissionais de saúde devem sempre lembrar que a lactante está aprendendo, junto com seu bebê.
Nós, pediatras, precisamos estar presentes, agendar avaliações mais de perto, acompanhar a mamada. A rede de apoio (família, parceiro/a) deve estar atenta às necessidades da mulher que amamenta, trazendo um copo d’água, organizando a casa, fazendo a comida para que ela possa se alimentar.
É comum que a lactante se sinta culpada por eventuais dificuldades. Seu acolhimento é fundamental! Vale lembrar que, para uma amamentação “de sucesso”, o trabalho é conjunto e a responsabilidade é de todos.
Um toque de realidade é importante para as lactantes e futuras mamães que desejam amamentar. Deixando de lado o “romantismo” das redes sociais e sendo abraçadas pela família, amigos e profissionais de saúde, essas mulheres ganham mais força para vencer os possíveis desafios relacionados à amamentação. O aleitamento pode e deve ser prazeroso para mamãe e bebê!
Texto redigido pela Dra Giovanna Gavros Palandri, Pediatra Geral e Infectologista Pediátrica.