A resposta é: depende! Depende da vacina, depende do que está disponível no SUS, depende das doenças que estão circulantes…
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é uma referência mundial e deve ser um orgulho para nós, brasileiros. É um programa do nosso Sistema Único de Saúde (SUS) que realmente funciona! Referente às vacinas aplicadas na infância, é importante dizer que o calendário do SUS contempla a maioria das doenças cobertas pelo calendário vacinal adotado por clínicas privadas.
Apesar de bem completo, a imunização de rotina de crianças no SUS não contempla a proteção com algumas vacinas em específico, conforme destaco a seguir:
– Vacina Meningocócica B: não disponível pelo SUS;
– Vacina Meningocócica ACWY: disponível no SUS de rotina apenas para adolescentes, mas não para bebês;
– Vacina Pneumocócica Conjugada 13 valente (PCV 13): disponível no SUS apenas para grupos especiais, e não de rotina em bebês.
Do ponto de vista de melhoria da proteção, estas 3 vacinas citadas possuem vantagens em relação ao esquema disponibilizado de rotina pelo SUS. Dentre as outras vacinas disponíveis em clínicas privadas (exemplo: hexavalente acelular), algumas vantagens como menor número de picadas e menor ocorrência de reação podem se mostrar atrativos para famílias que tenham mais receio de reações adversas.
Em resumo: é possível se fazer um esquema vacinal muito bom de forma mista, com aplicação de uma parte das vacinas no SUS, outra parte em clínica privada. A tomada de decisão sobre quais vacinas tomar no SUS e quais pagar deve ser individualizada e discutida entre a família e o pediatra.
Texto redigido pela Dra Giovanna Gavros Palandri, Pediatra Geral e Infectologista Pediátrica.
