IST: Sintomas e prevenções – Dialogando com adolescentes

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. O principal meio de transmissão é através do contato sexual (oral, vaginal e anal) sem o uso de preservativos, sejam eles masculinos ou femininos, com um indivíduo infectado.

Durante o ano, existem ações de saúde que abordam a prevenção por meio das informações fornecidas para a população pelo Ministério da Saúde. As mais comuns ocorrem durante as festividades do Carnaval e na Campanha de Dezembro Vermelho.

Como as IST se manifestam?

Elas podem se manifestar de várias maneiras, sendo as mais comuns por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, além de dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas.

As IST costumam aparecer no órgão genital, mas isso não significa que elas não possam se manifestar em outros locais do corpo, como palmas das mãos, olhos e língua. É recomendado que durante a higiene pessoal se observe todo o corpo para identificar um possível sinal de IST. Ao perceber um sinal ou sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde mais próximo.

Quais são as IST mais comuns?

Sífilis

Uma IST curável, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos primeiros estágios, o risco de transmissão é maior.

  • Sífilis primária: ferida, geralmente única no local de entrada da bactéria. Normalmente não dói, não coça e não tem complicações de ardência ou pus. Com o tempo, a ferida desaparece sozinha, independentemente do tratamento.
  • Sífilis secundária: os sinais surgem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. É comum o aparecimento de manchas pelo corpo, febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas. Nesta fase, as manchas do corpo desaparecem sozinhas, causando uma falsa sensação de cura.
  • Sífilis latente: neste estágio não aparecem sintomas ou sinais. Ela é dividida entre latente recente (até um ano de infecção) e latente tardia (mais de um ano de infecção). A duração dessa fase é variável, sendo interrompida após a manifestação dos sintomas.
  • Sífilis terciária: esta é a fase mais avançada da infecção, surgindo entre 1 e 40 anos após o início da infecção. Seus sinais e sintomas incluem lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, que podem levar à morte.

Tratamento: a sífilis, quando tratada adequadamente, é curável. O tratamento ocorre com a penicilina benzatina, um antibiótico disponível nos serviços de saúde do SUS. 

Gonorréia

Assim como a sífilis, a gonorréia também pode ser curada quando diagnosticada e tratada adequadamente. É causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, na maioria das vezes atinge os órgãos genitais, a garganta e os olhos.

Os sintomas mais comuns nas mulheres são dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), corrimento amarelado, dor ou sangramento durante as relações sexuais. Nos homens, os sintomas incluem ardor e aquecimento ao urinar, podendo haver corrimento ou pus, além de dor nos testículos.

Tratamento: ao identificar qualquer sintoma, é necessário procurar um serviço de saúde para o diagnóstico e indicação do tratamento antibiótico adequado.

HIV

Este vírus infecta algumas células do sistema imune, entre elas os linfócitos T CD4+, criando cópias de si mesmo. Após a multiplicação, ele continua buscando outros sítios para continuar a infecção.

O paciente pode ficar muitos anos bem até surgirem os sintomas. Contudo, o tempo de evolução pode ser bem variável. Mesmo assintomático, o indivíduo infectado alberga o vírus, que segue se replicando e promovendo a piora da função do sistema imunológico. Quando há uma queda importante do número de linfócitos T CD4+, o indivíduo aumenta seu risco de adquirir infecções oportunistas – os quais são causados por outros agentes infecciosos que se aproveitam da queda das defesas do organismo. Classicamente, denominamos essa fase de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).

Tratamento: o tratamento não é capaz de curar a infecção, contudo, ele promove o controle importante da replicação do vírus, diminuindo o risco de complicações secundárias ao HIV, bem como reduzindo a mortalidade e melhorando a qualidade de vida do paciente.

Hepatites B e C

São inflamações no fígado causadas por vírus, sendo geralmente silenciosas e descobertas quando a doença já está muito avançada. Ambas podem ser transmitidas na relação sexual pelo esperma e secreção vaginal, além da contaminação do vírus pelo contato com o sangue, sendo mais comum na Hepatite C. Qualquer objeto contaminado também transmite as Hepatites, como escovas de dentes, lâminas de barbear, tesouras e alicates de unhas, etc.

Sintomas: dificilmente o indivíduo apresentará sintomas, mas caso ocorram, eles são bem parecidos com os de outras hepatites, como falta de apetite, náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor de cabeça, mal-estar, cansaço, dores no corpo, icterícia e dor abdominal.

Tratamentos: os tratamentos ocorrem por meio de antivirais. No caso da hepatite C, as taxas de cura são superiores a 95%, enquanto na hepatite B, os medicamentos apenas ajudam a evitar a progressão da doença.

HPV

O Papilomavírus Humano (HPV) é o vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal), podendo levar ao câncer, dependendo do subtipo do vírus.

Sintomas: a maioria das pessoas não apresenta sinais ou sintomas, e o HPV pode ficar latente por meses ou anos. Com a baixa resistência do organismo, o HPV se multiplica, provocando o aparecimento de lesões. As primeiras infecções costumam aparecer entre dois e oito meses, mas podem demorar até 20 anos para surgirem.

Prevenção: o modo mais eficaz de se prevenir a infecção pelo HPV é através da imunização. Existem vacinas disponíveis tanto no SUS como nas clínicas privadas com excelente eficácia. Idealmente, deve-se imunizar o indivíduo antes do início da atividade sexual – por este motivo, a recomendação é de se iniciar o esquema a partir dos 9 anos de idade. 

Converse com os jovens

Todas as pessoas que têm uma vida sexual ativa estão sujeitas a passar pelo risco da contaminação de alguma IST quando o sexo não é realizado de maneira segura, com preservativos, sejam eles masculinos ou femininos. Na adolescência, os jovens começam a descobrir mais sobre o corpo e sexualidade, por este motivo é muito importante que os pais dialoguem com seus filhos em parceria com um profissional de saúde, que além de instruir, informará sobre todos os riscos e métodos preventivos.

Referências:

http://antigo.aids.gov.br/pt-br/pub/2022/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-atencao-integral-pessoas-com-infeccoes

http://antigo.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/infeccoes-sexualmente-transmissiveis-0

http://antigo.aids.gov.br/pt-br/sintomas-das-ist

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/i/ist

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aids-hiv

https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/HIVAids

https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/hepatites-virais/sou-paciente/

Quer saber mais?

Test Post for WordPress

This is a sample post created to test the basic formatting features of the WordPress CMS. Subheading Level 2 You can...