TEMPO SECO? O QUE FAZER?

Durante o outono no estado de São Paulo, é comum enfrentarmos duas condições do clima que podem afetar nossa saúde: grandes variações de temperatura (também chamada de amplitude térmica) e queda na umidade relativa do ar. Associados, frio e tempo seco podem ocasionar sensação de dor de garganta, entupimento nasal, tosse seca, secreção mais espessa, rouquidão, secura nos olhos e na boca. Quem já possui alguma doença de base, como rinite, asma e outras doenças respiratórias crônicas, costuma sentir de forma mais intensa esses efeitos, e comumente pode vivenciar uma exacerbação da doença de base, por exemplo, uma crise asmática.

Diante da baixa umidade do ar, algumas medidas simples podem ajudar a amenizar o desconforto:

– Beber muito líquido;

– Lavar o nariz diariamente com soro fisiológico 0,9% (pode utilizar seringa ou spray nasal);

– Inalação com soro fisiológico 0,9%;

– Medidas para aumentar umidade relativa do ambiente, como utilização de toalha molhada ou umidificador, a 1 metro da cama.

Sobre as medidas para aumentar a umidade relativa do ar em ambiente fechado, um estudo brasileiro publicado em 2021 demonstrou que o uso do umidificador ou de toalha molhada à distância de 1 metro da cama, por exemplo, são medidas eficazes – o aumento foi de 7,5% e 5,7%, respectivamente, quando comparados ao controle em área externa. Neste estudo também foi avaliada a utilização de balde com água com o mesmo intuito, mas os resultados não demonstraram a mesma eficiência com este método.

Um cuidado adicional em relação aos umidificadores: os mesmos devem ser higienizados diariamente para evitar a proliferação de fungos e não é recomendado seu uso durante a noite toda pelo risco de elevar demais a umidade relativa do ar e, com isso, sintomas respiratórios também podem ser deflagrados.

Prontos para encarar o tempo seco?

REFERÊNCIA:

Guerra LP, Andrade LM, Joner DC, Strozzi D. Medidas caseiras contra baixa umidade do ar amenizam agravos na saúde. einstein (São Paulo). 2021;19:eAO5484.

Texto redigido pela Dra Giovanna Gavros Palandri, Pediatra Geral e Infectologista Pediátrica.

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